Conheça os maiores mitos e verdades sobre o sakê
Conheça os maiores mitos e verdades sobre o sakê

Conheça os maiores mitos e verdades sobre o sakê

Conheça os maiores mitos e verdades sobre o sakê

O ritual parece sagrado no japa da esquina e é sempre seguido à risca: você olha o cardápio, que tem uma ou duas opções de sakê, pede a bebida bem gelada e a aprecia na companhia de um combinado de sushis, em um copinho baixo e quadrado com uma borda de sal. Embora essa cena seja a descrição do que a maioria dos restaurantes japoneses oferece no Brasil, ela não passa de uma sequência de mitos sobre o sakê, uma reinterpretação brasileira para os hábitos orientais. No Japão, aliás, ela não poderia estar mais equivocada.

Sim, este fermentado de origem japonesa é cercado de tradições que só existem em solo brasileiro. E estamos aqui para desvendar todos os seus segredos. Confira, a seguir, as principais verdades e mitos sobre o sakê.

O massu é obrigatório?

O que seria do sakê no Brasil se não fossem os copinhos quadrados e achatados em que são servidos? Na verdade, esse tipo de utensílio, o massu, é usado normalmente no Japão como unidade de medida para receitas. E por lá toma-se o sakê em outro tipo de copo, feito de cerâmica, chamado choko. O ideal, contudo, é apreciar a bebida em taças de cristal para aproveitar cada nuance de sabor e aroma.

E a bordinha de sal?

Não se sabe exatamente onde essa moda surgiu, mas o porquê é conhecido: o sal disfarça a baixa qualidade de sakês inferiores. Da próxima vez que for bebericar um sakê, não caia no truque da “margarita”. E, se estiver no Japão, jamais peça sal para adicionar à bebida — isso pode soar ofensivo para o dono do bar ou restaurante.

É parecido com a cachaça?

Mais um mito. A cachaça é um destilado, enquanto o sakê é um fermentado feito de arroz.  Isso faz toda a diferença no teor alcoólico das bebidas: enquanto a aguardente tem em geral mais de 40% de álcool, o sakê é bem mais suave, em média de 14% a 16% de graduação. É por isso que muitos exageram na primeira dose — por ser tão leve no paladar, quase não se percebe o álcool ao experimentá-lo.

A harmonização só é feita com sushi?

Mais do que um mito, trata-se de uma mentira.  Assim como o vinho, o sakê combina com vários tipos de pratos, e isso varia conforme o gosto de quem vai beber (e comer). No Japão, ele é mais apreciado nos izakayas, bares de petiscos de happy hour. O sakê vai muito bem com estas entradinhas, como espetinhos, caldos e conservas. E também se sai bem com peixes assados ou grelhados, refogados, ensopados de legumes, e toda variedade de pratos. Na hora da harmonização, basta observar a intensidade de sabores da bebida e do prato e, claro, se a combinação agrada.

A variedade é uma característica do sakê?

Isso, só por aqui. E por enquanto, porque a cultura do sakê vem crescendo a cada dia no Brasil e a tendência é que o mercado se diversifique cada vez mais. Na verdade, existem inúmeros estilos e categorias da bebida: licoroso, espumante, leitoso, fortificado, envelhecido, seco, suave.

Só é servido bem gelado?

Isso é pouco difundido no Brasil: em dias mais frios, no Japão, costuma-se beber o sakê aquecido até 55ºC. Ao esquentar a bebida, o sabor do arroz se intensifica, porque parte do álcool será evaporada. E tem mais: mesmo para dias quentes, é melhor servir o sakê frio, mas não gelado – a partir de 5ºC é a temperatura ideal.

Fonte: blog.e-sake.com.br

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